Maria Reis

Voz já essencial no cancioneiro local, co-fundou um pequeno milagre chamado Pega Monstro, enquanto se multiplica em presenças noutras formações e uma série de colaborações diversas. A solo tem formado uma obra refrescante e necessária; letras ora frágeis, ora desconcertantes, que se apoiam num formato de cantiga punk perdida. Com melodias que se tornam impregnadas e refrões memoráveis, os seus discos trazem à costa a espuma dos dias, como uma vez visionado por Boris Vian. Histórias vívidas e crónicas imaginadas, escritas e interpretadas, por uma artista que tem demonstrado ideias e abordagens sem amarras. Sentir que tudo isto é apenas parte de algo maior, faz-nos apreciar toda e cada paragem neste fabuloso percurso que se forma diante de nós.