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Vale Perdido

Luke Vibert

O seu pulso vanguardista marcou a música electrónica para sempre. Integra um restrito conjunto de gente iluminada a quem podemos atribuir o estatuto de pioneiro. Originário de Cornwall, trouxe influências transgressoras suficientes para germinar o trip hop, o drill-n-bass e as demais incursões abstratas a que mais tarde viríamos a chamar de I.D.M., envolta em todos os passos da rave culture do Reino Unido. A pegada de Luke Vibert, contemporâneo e eterno companheiro de Aphex Twin, acaba por se transcrever em centenas de lançamentos por monumentos editoriais como a Rephlex, Planeta Mu, Warp, People of Rhythm Records, entre outros selos do panorama da música electrónica. Wagon Christ, Plug, ‘I Love Acid’, Weirs, Homework, remisturas para Thurston Moore, Nine Inch Nails, Squarepusher, Stereolab, e outras infindáveis colaborações. Mas o bom de Luke Vibert, além de um estrondoso senso iconoclasta, é o seu contínuo inconformismo. Trinta anos depois não evidencia haver qualquer obstáculo à sua constante reinvenção, dizem-no Grit (2022) e Machine Funk (2023), trabalhos magistrais de produção cerebral, carregados de neblina, pista e uma - sempre incondicional! - destreza criativa. A vanguarda continua a ser o seu maior fascínio, o que naturalmente o deixa sem outra opção que não a de continuar. Um regresso exclusivo a Lisboa, muitos anos depois da sua última visita, como um dos principais pilares da grande gala clubbing do Vale Perdido.