KLÉO
A recente história da club scene da Holanda reescreve-se através de várias frentes. Clubes como o Trouw, o consequente De School e o BAR, em Roterdão; festivais-colosso como o A.D.E., o Dekmantel ou o Le Guess Who?, irreverentes na intersecção de artistas consagrados, emergentes, profissionais da indústria, criando espaço para relacionar uma comunidade atenta e carente de um lugar de encontro; a Red Light Radio como chave para a criação de um canal de comunicação e partilha; e, claro, além de muitas editoras, sub-labels e lojas, a riqueza editorial e de curadoria da Rush Hour - loja, label, promotora e hub para muito de tudo o aqui referimos. Kléo é francesa, mudou-se de Paris para Amesterdão há 20 anos e, como resultado de todos estes impulsos culturais, trazendo já paixão pelos discos, tornou-se aficcionada pela arte da pesquisa, DJ e colaboradora da própria Rush Hour. O percurso é crescente e tem desenvolvido um discurso próprio, policromático, assente no conhecimento das fundações e com genuína aptidão para fazer dançar. Clélia Zida, conhecida como Kléo, está de regresso a Lisboa com a bonita responsabilidade de fechar a primeira noite clubbing da edição inaugural do Vale Perdido.