Leonor Arnaut
Exímia no encontro de novas paisagens, bem como de desafiantes resoluções, é já um dos nomes essenciais da nossa nova música. E essencial pois faz da versatilidade uma força impulsionadora para cruzar linguagens sonoras de modo surpreendente.
Estudante de música desde cedo, Leonor acabou por desembocar na fertilidade do jazz e nas suas expressões mais livres. Reconhece-se um encanto natural pelas texturas telúricas e espaços soniais, mas também a sensibilidade em interpretar canções singulares. Tudo isto flui e faz flutuar num já extenso curso de interligação com outros criadores. Enquanto vocalista dos Fumo Ninja, deu corpo a moldes mais direcionados à pop por caminhos menos óbvios, através do álbum Olhos de Cetim. É maioritariamente nesse ponto de convivência criativa e presença transversal que Leonor Arnaut tem revelado o seu magnetismo. Chega agora ao Vale Perdido numa apresentação em nome próprio, inédita até hoje; um momento-chave para escutar um conjunto de canções que se estreiam assim num contexto de partilha em palco. Avista-se o início de algo maior.